I - Acerca do Desenho e da Pintura

Massironi* um estudioso das Artes, referiu acerca do DESENHO que “…não existe disciplina cultural que não faça sistematicamente uso (ou não tenha feito uso numa ocasião qualquer) deste instrumento e que num contínuo e prolongado convívio com este, não seja dela o impulso de definir a modalidade de realização mais conforme às suas exigências”..

Se analisarmos a frase anterior rapidamente nos ocorrem situações que justificam o seu sentido. O DESENHO tem estado ao serviço das mais variadas áreas quer como meio de registo do conhecimento, quer como processo de pesquisar e atingir o conhecimento.

Certas ciências têm absoluta necessidade de se exprimirem e estruturarem pensamentos e saberes de forma visível. Assim vejamos por exemplo como se efectua a compreensão rápida, da forma e estrutura de uma espiral em hélice de DNA. Imensos aspectos da física, da química, da astronomia, da geografia, da medicina, etc. são rapidamente compreendidos com recurso a desenhos, esquemas, gráficos.

Leonardo da Vinci, (séc. XV, Renascimento) foi pintor, desenhador, pensador, cientista, inventor, músico, biólogo, etc. e é difícil mencionar um campo de artístico sobre o qual não se tenha debruçado. De todos eles deixou uma vasta obra desenhada. Estes registos para além de terem um carácter genial do ponto de vista artístico, demonstram como o desenho constitui um indispensável instrumento de pesquisa, de registo de conhecimento e de meio para inventar e projectar. 


*MANFREDO MASSIRONI (n. 1937, em Pádua) é licenciado em Arquitectura pela Universidade de Veneza. Procedeu a investigações no campo da psicologia da percepção, colaborando com os Institutos de Psicologia das universidades de Bolonha e Roma. Deu, também, aulas de Psicologia Geral na Universidade de Roma. Em 1959 foi um dos fundadores do Gruppo N, núcleo de arte programática e cinética italiana.

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